sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Colapso dos frageis cristais

A regra ignorada

Das palavras que jamais
Devem ser ditas
Sobraram os
Ecos trêmulos e infindáveis
E a regra ignorada.
Os cotovelos apoiados na janela,
O vento,
O olhar distante...

As palavras que jamais
Devem ser ditas
Levaram consigo
Todos os poemas de amor e carícias.



Disparo

Onde acredita que repousa
Esse projétil?
Em meu pensamento,
Em minha solidão?

Pensaste nisso
No momento do disparo
Ou era só um jeito novo de se
Divertir?



Lentamente as mãos deixam de se tocar

Não conseguiu
Olha-la nos olhos,
Não conseguiu
Terminar a frase.
O texto daquela cena
Foi todo redigido em entrelinhas,
As respostas
Emergiam de cada um
Em forma de silencio.

Ninguém queria entender
O que ali se passava,
Ninguém queria suportar.

Suportar o insuportável destino
Das escolhas e estradas distintas.



Deixar ir


Caco de vidro,
Estilhaço,
Pulso...
Pele sangrando.

Ela não olhava
Enquanto ele seguia
Pelo pântano.

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